Goleiro do Goiás lembra como futebol ajudou a superar as drogas e a perda da mãe

Goiás EC
Foto: Rosiron Rodrigues/ Goiás EC

Em entrevista para o site “Globo Esporte.com”, o goleiro Sidão lembrou como o futebol ajudou a superar as drogas e também a perda de sua mãe quando era jovem.

“Com 17 para 18 anos eu deslumbrei e comecei a ir para a noite. Gastava o dinheiro todo com bebidas e tal. Foi quando tive uma perda muito grande, que foi a morte da minha mãe. Isso me trouxe um sentimento de culpa muito grande. Tive depressão forte. Graças a Deus não tive coragem de tirar a minha própria vida, mas pensava nisso o tempo todo. Para mim, não valeria mais a pena estar no mundo com minha mãe tendo partido”, revela.

O arqueiro esmeraldino não suportou a perda de sua mãe e mergulhou em um conflito que o fazia sentir responsável: “Achava que a culpa era minha por conta das coisas que eu vinha fazendo. Saía de casa sexta-feira, sumia e só aparecia domingo. Existe a frase “você só dá dor de cabeça” e, coincidência ou não, minha mãe morreu porque sofria com dores na cabeça. Não conseguimos o diagnóstico e ela acabou falecendo. Carreguei esse sentimento de culpa e, para mim, o certo era eu morrer também”, completou.

Por fim, o jogador disse que o futebol lhe deu uma nova chance que possibilitou a dar a volta por cima: “Por volta de 2008 eu queria me casar com a minha esposa, e o futebol não me dava essa estabilidade financeira. Tinha desistido e comecei a fazer alguns “bicos” de segurança. Mas depois o presidente do Taboão da Serra me viu trabalhando como segurança e falou que eu tinha que voltar a jogar bola. Tentei mais uma vez, e as coisas caminharam melhor”, completou.