Walter tem liminar deferida e pode voltar a trabalhar

Em decisão da juíza Ana Terra Fagundes Oliveira Cruz, da 18ª Vara do Trabalho de Goiânia, Goiás, foi deferida liminar em Mandado de Segurança impetrado pelo atleta de futebol Walter Henrique da Silva, para que possa exercer livremente sua profissão de atleta de futebol profissional.

O atacante teve a punição majorada de 12 (doze) meses para 24 (vinte e quatro) meses de suspensão pelo Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem, em julgamento no dia 04 de julho de 2019, por uso de furosemida e metabólicos de sibutramina. Desta feita, ficaria sem exercer sua profissão até julho de 2020.

Antes do julgamento, o atacante estava ligado ao Goiás, e se preparava para voltar aos gramados. Acreditava o mesmo e seus advogados que cumprindo a pena de 1 (um) ano imposta em primeiro grau, suficiente era para que retornasse aos gramados. Entretanto, o aumento para 2 (dois) anos foi decidido em instância recursal, e foi inesperado para o jogador. Desde julho o atleta não mais trabalha no futebol e não mais tem vínculo com o time esmeraldino.

Uma das teses levantadas pela defesa era relativa ao sustento financeiro da sua família, que ficaria prejudicado com o atleta impedido de trabalhar. Tal motivo foi fundamental para o deferimento de liminar pela citada magistrada, reconhecendo ainda que a demora da decisão da Corte Arbitral do Esporte, na Suíça, para decidir sobre a situação do jogador, poderia ser prejudicial a carreira do atleta.

Com a liminar deferida em mandado de segurança, o atleta teve a sua pena junto ao Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem suspensa, ficando livre para exercer sua profissão aos moldes estabelecidos pela atual legislação.

Vale ressaltar que hoje o atleta não tem vínculo com nenhum clube do futebol, estando livre para assinar com qualquer um deles para exercer a profissão de atleta profissional do esporte. Vale ressaltar também que as inscrições para a Série A do Campeonato Brasileiro se encerraram no último dia 27.

A decisão, inovadora, ainda é motivo de receio por especialistas no esporte, que consideram iminente a possibilidade de ser a mesma cassada a qualquer momento.